terça-feira, 23 de março de 2010

Vinte pratas

O ar da fumaça que me sobra é tudo que falta lá dentro.
Impressão de gesso mal-acabada.
Oásis de cordas tremidas.
Voluntariedade.
Pressa.
Precisão.
Contas.
Prestações intermináveis.
Frenesi de luvas ensaboadas.
De calor.
De varizes.
De sacolas que fogem das mãos.
De pessoas inesperadas e exasperadas.
Insípida.
Onda ventilada por tatuíras inflamadas.
Sou térreo.
Sou vinte.
Sou prata.

Um comentário:

Eduardo Marques disse...

Só uma palavra:

Ótimo!

"tatuíras inflamadas"

Adorei.