segunda-feira, 5 de abril de 2010

Quando tudo começou

Sobre a coxa da tua palma, verti o meu rio. Como quem cai de braços abertos no fundo de um oceano poroso. Macio e iluminado. Contente por receber mais um ser em busca de si mesmo.
As cores que me apresentaste eram as cores que a minha caminhada prometia. Condensadas em muitas faixas de tecidos rupestres. Em muita magia. Em muitas fagulhas apontadas para o centro. Energia que corre. Energia que lançamos.
A sensação de sempre ter estado ali era presente, assim como a expressão controlada do teu rosto. Vazia. Pintada. Desoladora pra mim. Mas não menos verdadeira pra nós. O meu fermento era um só. Os nossos conventos eram muitos. A tua pressa era partida. E a sombra dela era a premissa.

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