domingo, 18 de abril de 2010

O que sai de nós

Do teu olhar parado, saiu um vulcão.
Do teu parar o olhar em mim, saiu uma dúvida.
Mas também uma atenuada vertigem.
Estranha pra mim.
Divertida pra ti.
Esturricada pelo momento.

Do teu pensamento sonoro, verteu uma luz.
Da minha escrachada viagem, correu um pouso sem fim.
Do teu pedido molhado, voou um cortejo.
Do invisível cortejo, caiu um botão.
Amarelo e vermelho.
Doce.

No achado imperdível gosto da tua vista, pesou o meu vão.
Na sagrada postura, escolha minha, senti a tua voz.
Dorei a nossa presença.
E servi o que sai de nós.

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