O desgosto era o que havia restado. Na superfície, pedaços de pele e de unhas. No canto, bolas vermelhas irregulares. O olho dele, cabisbaixo. O ventre dela, delirante. Um fio de suor desligava os corpos. O movimento, contínuo e penoso, remetia ao vazio. Não àquele vazio oco, mas um vazio completo. Denso. Preciso. Fechado. O colar de sementes dela parecia querer pular do colo. O peito não era mais lugar. O chão de pedra parecia mais apropriado. Lugar estanque, onde nada brota. Onde nada desce. Dedos nervosos. Suados. Pedintes. A boca molhada dela. A indiferença que jorrava da boca suja dele. Uma energia marrom. Um instinto de não mais tentar. A certeza do engano.
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