É nesses dias que mais gosto dele. Quando o tempo é curto e a vontade é muita. Quando o som provoca e a cor invade. Quando a luz é turva. É nesses dias contados que mais gosto de tê-lo. Sentir seu cheiro cálido e seu ar magistral, num dançar de sombras constantes, harmônicas, como se o ritmo dele ditasse o ritmo do universo. Perder-se nele. Embevecer-se. Como quem ama e chora. Como nós.
Depois, vem o toque. Frio, forte e despertante. Começa pelos pés e vai subindo até alcançar as coxas e a púbis. O deslizar do seu fruto condensa as sensações mais renovadoras, mais energizantes. Fundir-se a ele é como jogar pinball no espaço e depois descansar numa nuvem-nave lá para as bandas de saturno. Estar em sua companhia significa tudo.
Quando me desligo dele, continuo sentindo suas vibrações. Elas me acompanham por um tempo quase determinado. Com o passar dos meses, elas vão se dissipando e dando lugar às energias da cidade, mais pesadas e confusas. Mas quando chega setembro, já anseio por ele e começo a planejar um novo encontro. Gosto de imaginá-lo quente: vivo e possante. Gosto de pensar que ele me espera. Gosto do gosto dele em mim e de tudo que lembra a nossa presença. E quando, finalmente, nos reencontramos, gosto de gritar:
- Que saudades de ti, meu amor-mar!
Depois, vem o toque. Frio, forte e despertante. Começa pelos pés e vai subindo até alcançar as coxas e a púbis. O deslizar do seu fruto condensa as sensações mais renovadoras, mais energizantes. Fundir-se a ele é como jogar pinball no espaço e depois descansar numa nuvem-nave lá para as bandas de saturno. Estar em sua companhia significa tudo.
Quando me desligo dele, continuo sentindo suas vibrações. Elas me acompanham por um tempo quase determinado. Com o passar dos meses, elas vão se dissipando e dando lugar às energias da cidade, mais pesadas e confusas. Mas quando chega setembro, já anseio por ele e começo a planejar um novo encontro. Gosto de imaginá-lo quente: vivo e possante. Gosto de pensar que ele me espera. Gosto do gosto dele em mim e de tudo que lembra a nossa presença. E quando, finalmente, nos reencontramos, gosto de gritar:
- Que saudades de ti, meu amor-mar!
4 comentários:
"Há que voar nesse tempo, aonde?
Sem asas, sem avião, voar sem dúvida:
já os passos passaram sem remédio,
não alcançaram os pés do passageiro.
Há que voar a cada instante como
as águias, as moscas e os dias,
há que vencer os olhos de Saturno
e estabelecer ali novos sinos.
Já não bastam sapatos nem caminhos,
já não servem a terra aos errantes,
já cruzaram a noite as raízes,
e tu aparecerás em outra estrela
determinadamente transitória
por fim em papoula convertida."
Pablo Neruda
oi ju... gostei muito deste texto, acho que ele tem um tom de sensualidade e erotismo muito delicado e sincero.
Estou criando um blog de textos eróticos e sensuais e gostaria muito de publicar este seu lá também, só queria sua autorização antes. Se quiser dar uma olhada antes o endereço é:
http://erosdeflagrado.blogspot.com
(e este é meu outro blog de experimentações poéticas:
http://haikaicomsapos.blogspot.com/
me sentiria honrado com a visita)
Beijo e saudade...
Olá Rafa,
Esse texto expressa um pouco do meu amor por esse ser aqüífero, que tanta energia me passa. Autorizo a publicação no blog. Por sinal, achei muito bacana o texto "eros deflagrado".
Abços
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