segunda-feira, 28 de maio de 2012

Vim virada numa porta de roda em sombra à mostra e oca

Acordei oca
Oca de pedra e de lenha
Oca de ti
Oca de ostra

Mostra
Onda-tormento-menor
Leva o que me sobra
E movimenta meus dedos
Para que possam tocar os teus

Sombra
Sobra de cor
De corda
De louça
Não lavaste e não foste
Nem ao menos soubeste do meu calo maior
Nem ao menos provaste as gotas do breu

Roda
De pontas acesas e sondáveis
De um vinho que ofusca a pele
E poda o vento

Porta
Presa por mim
Pressa por vir
Impressa em vis
Marcos marrons

Porca
De parafusos amassados em bocas de pia
Em busca de vida

Vira
Olha pra mim
Não vidra no que eu não disse
Não adivinha o que eu não peço

Vinha
Tinha
Lágrima de pinha.

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